No passado a UNE ajudou a organizar a campanha pelo petróleo é nosso!
Hoje apóia o governo de Lula que privatiza nosso petróleo e as áreas sociais!
A construção da União nacional dos Estudantes - UNE foi marcado pela campanha em defesa do monopólio estatal do petróleo na Petrobrás. Esse exemplo demonstra a importância do engajamento da juventude na defesa da soberania nacional, que só se faz lutando contra o imperialismo. A subordinação aos banqueiros, a divida externa e interna impuseram um processo absurdo de privatização do patrimônio dos trabalhadores e da juventude. Lógica que se aprofundou no governo Lula.
Diferentemente da direção majoritária da UNE (UJS/PC do B e PT) que está longe das mobilizações, nós vamos à luta e defendemos uma forte campanha contra os leilões que privatizam as reservas petrolíferas da Petrobrás realizadas pelo atual governo. Somente dessa forma, conseguiremos uma Petrobrás 100% estatal. Defendemos o engajamento na luta pela anulação da privatização da Vale do Rio Doce, pois apesar do plebiscito nacional organizado por uma serie de entidades como o MST e a CONLUTAS, Lula mantêm a VALE privatizada. Do mesmo modo, lutamos para reestatizar as empresas estratégicas privatizadas na era FHC, que não foram canceladas pelo atual governo. Queremos a reversão das privatizações do governo Lula, como a reforma da previdência e as Parcerias Público-Privadas.
No passado a UNE lutou contra a ditadura!
Hoje a UNE reúne com Lula para atacar universidade pública!
Hoje a UNE reúne com Lula para atacar universidade pública!
Um dos melhores períodos da UNE foram às lutas pela redemocratização, pois ficou claro que a independência diante dos governos e reitorias é uma necessidade. O custo era alto para quem não se curvava à fúria dos Generais. Nesse período Honestino Guimarães, presidente da UNE, foi assassinado pela Ditadura Militar.
Hoje a situação é bem diferente. A presidente da UNE, que é do PCdoB, partido da base do governo Lula, atua como braço direito do presidente. Um dos exemplos dessa opção pelo planalto pôde ser vista durante as ocupações de reitorias contra o REUNI, onde a presidente da entidade qualificou os estudantes em luta como "conservadores", legitimando a expansão sem qualidade da reforma universitária do Banco Mundial.
A UNE, pela política de sua direção majoritária (PC do B e PT), perdeu a radicalidade anterior. Antigos dirigentes da entidade,conseguem postos de Ministros, como o do esporte, e os atuais comportam-se ao máximo para trilharem o mesmo caminho.Tudo é feito em função de manter o cabide de assessores nos cargos de confiança e os cartões corporativos.
Vender a independência, a peso de milhões de reais, custa caro na hora de mobilizar. A prova disso foi o fiasco da última "jornada de lutas" chamada pela majoritária da UNE no dia 17/04 e da jornada dia 28 de março. A "jornada de lutas das públicas", acordado com o planalto para desviar a luta da UnB do questionamento às fundações regulamentadas por Lula, foi absolutamente apagada, sendo que não se realizaram atos no RJ, SP e nem em Brasília.
No passado a UNE organizou a luta pelo Fora Collor!
Hoje apóia o governo corrupto e neoliberal de Lula!
A atual direção envergonhou a memória de toda uma geração de ativistas, por fazer acordos com a Rede Globo para realizar as BIENAIS de Cultura e o projeto de história do movimento estudantil. A parceria foi realizada com aqueles que combatem o movimento estudantil e não querem a abertura integral dos arquivos da Ditadura Militar. Os parceiros globais da majoritária são os que declaram, pela voz de Jair Bolsonaro, que os militantes de esquerda dos anos de chumbo deveriam ter sido exterminados ao invés de "apenas" torturados.
O pior é que em meio à lama de corrupção que escorre do gabinete do presidente Lula a UNE destacou-se por convocar um ato público, com o Ministro da Justiça Tarso Genro, um dos que articularam juntamente com o presidente do Supremo a operação abafa para derrubar o delegado Protogenes das investigações da operação Satiagraha. A linha da UNE, diferentemente de 1992, é salvar o presidente, verdadeiro responsável pela corrupção que cresce em Brasília, tentando passar a idéia de que o problema é apenas o STF ou a corrupção tucana.
A corrupção que varre as instituições da república dos ricos, o Congresso, a presidência, os Ministros e o judiciário somente será derrotada se repetirmos as mobilizações dos caras pintadas do Fora Collor e dos estudantes da UnB. Esse é o chamado que fazemos a todos os estudantes brasileiros. Não temos dúvidas que nessa luta a majoritária da UNE estará na trincheira oposta.
O pior é que em meio à lama de corrupção que escorre do gabinete do presidente Lula a UNE destacou-se por convocar um ato público, com o Ministro da Justiça Tarso Genro, um dos que articularam juntamente com o presidente do Supremo a operação abafa para derrubar o delegado Protogenes das investigações da operação Satiagraha. A linha da UNE, diferentemente de 1992, é salvar o presidente, verdadeiro responsável pela corrupção que cresce em Brasília, tentando passar a idéia de que o problema é apenas o STF ou a corrupção tucana.
A corrupção que varre as instituições da república dos ricos, o Congresso, a presidência, os Ministros e o judiciário somente será derrotada se repetirmos as mobilizações dos caras pintadas do Fora Collor e dos estudantes da UnB. Esse é o chamado que fazemos a todos os estudantes brasileiros. Não temos dúvidas que nessa luta a majoritária da UNE estará na trincheira oposta.
Construir pela base uma nova direção para o movimento estudantil.
A vitoriosa ocupação da reitoria na UnB é um importante marco para a juventude brasileira, tornando-se um exemplo nacional de que a resolução dos problemas que afligem a população só serão resolvidos através da mobilização. No momento em que os escândalos de corrupção em Brasília acabam em "pizza", a importância da luta é fundamental. Na UnB, o Reitor, seu vice, e todos que faziam parte do decanato caíram, fruto da ação radicalizada empreendida pelos estudantes. Por isso a ocupação foi apoiada por uma ampla parcela dos movimentos sociais e por inúmeros indivíduos comuns, gente do povo pobre, indignada com a podridão do regime político brasileiro.
O processo da UnB é a parte mais avançada de uma nova fase do movimento estudantil brasileiro que se iniciou no primeiro semestre de 2007, cujo símbolo maior foi a ocupação da reitoria da USP. No segundo semestre de 2007, o método dos estudantes paulistas foi copiado em 15 universidades federais contra o REUNI. Nas pagas esse processo influenciou na retomada de lutas, a exemplo da greve da FSA-SP, da ocupação da PUC-SP e dos atos na UNAMA.
Assim foi surgindo uma nova vanguarda na base que varreu a majoritária da UNE (PC do B, PT, MR8 e aliados) dos principais DCE's do país. A unidade dos setores que compõe a Frente de Luta contra a reforma foi fundamental para essas vitórias, a exemplo da UnB.
Devemos aproveitar o momento novo que se inicia a partir do triunfo da UnB. Os jovens estão em busca de uma alternativa que simbolize a radicalidade de suas ações. A majoritária da UNE (PT e o PC do B) têm hoje um conteúdo demasiado conservador por defenderem propostas que afastem a juventude da luta contra o governo.Embora sigam majoritários entre os jovens,não mais conseguem ser a luz do novo mundo que os jovens aspiram.
As discussões existentes na esquerda do movimento estudantis podem ser resumidas da seguinte forma: de um lado, há os setores que romperam com a UNE, e que em nossa opinião, possuem uma visão estreita do processo de reorganização em curso na base dos estudantes, tentam transpor mecanicamente o processo de construção de uma nova central da classe trabalhadora no movimento sindical, para o meio estudantil, com data fixa para fundar uma nova entidade estudantil. Do outro, há setores da FOE - Frente de Oposição de esquerda da UNE, que capitulam a majoritária da UNE, como no último CONEG de Brasília onde votaram em um pre-projeto de reforma universitária da entidade que nada falava da privatização em curso, implementada pelo governo.
Fazemos esse debate com a certeza de que o caminho a seguir é o que percorremos ao constituirmos a frente de luta contra a reforma universitária.
A carta dos DCE's de públicas reunidos durante o CONEG da UnB, por fora da direção majoritária, apresentou uma pauta estudantil para o próximo período que reivindicamos integralmente. Devemos aprender com a experiência da juventude Chilena, que sem capitular e sem impor novos organismos por decretos, tem superado a burocracia estudantil de seu país.
A vitoriosa ocupação da reitoria na UnB é um importante marco para a juventude brasileira, tornando-se um exemplo nacional de que a resolução dos problemas que afligem a população só serão resolvidos através da mobilização. No momento em que os escândalos de corrupção em Brasília acabam em "pizza", a importância da luta é fundamental. Na UnB, o Reitor, seu vice, e todos que faziam parte do decanato caíram, fruto da ação radicalizada empreendida pelos estudantes. Por isso a ocupação foi apoiada por uma ampla parcela dos movimentos sociais e por inúmeros indivíduos comuns, gente do povo pobre, indignada com a podridão do regime político brasileiro.
O processo da UnB é a parte mais avançada de uma nova fase do movimento estudantil brasileiro que se iniciou no primeiro semestre de 2007, cujo símbolo maior foi a ocupação da reitoria da USP. No segundo semestre de 2007, o método dos estudantes paulistas foi copiado em 15 universidades federais contra o REUNI. Nas pagas esse processo influenciou na retomada de lutas, a exemplo da greve da FSA-SP, da ocupação da PUC-SP e dos atos na UNAMA.
Assim foi surgindo uma nova vanguarda na base que varreu a majoritária da UNE (PC do B, PT, MR8 e aliados) dos principais DCE's do país. A unidade dos setores que compõe a Frente de Luta contra a reforma foi fundamental para essas vitórias, a exemplo da UnB.
Devemos aproveitar o momento novo que se inicia a partir do triunfo da UnB. Os jovens estão em busca de uma alternativa que simbolize a radicalidade de suas ações. A majoritária da UNE (PT e o PC do B) têm hoje um conteúdo demasiado conservador por defenderem propostas que afastem a juventude da luta contra o governo.Embora sigam majoritários entre os jovens,não mais conseguem ser a luz do novo mundo que os jovens aspiram.
As discussões existentes na esquerda do movimento estudantis podem ser resumidas da seguinte forma: de um lado, há os setores que romperam com a UNE, e que em nossa opinião, possuem uma visão estreita do processo de reorganização em curso na base dos estudantes, tentam transpor mecanicamente o processo de construção de uma nova central da classe trabalhadora no movimento sindical, para o meio estudantil, com data fixa para fundar uma nova entidade estudantil. Do outro, há setores da FOE - Frente de Oposição de esquerda da UNE, que capitulam a majoritária da UNE, como no último CONEG de Brasília onde votaram em um pre-projeto de reforma universitária da entidade que nada falava da privatização em curso, implementada pelo governo.
Fazemos esse debate com a certeza de que o caminho a seguir é o que percorremos ao constituirmos a frente de luta contra a reforma universitária.
A carta dos DCE's de públicas reunidos durante o CONEG da UnB, por fora da direção majoritária, apresentou uma pauta estudantil para o próximo período que reivindicamos integralmente. Devemos aprender com a experiência da juventude Chilena, que sem capitular e sem impor novos organismos por decretos, tem superado a burocracia estudantil de seu país.
Vamos à luta
11 de agosto de 2008