segunda-feira, 29 de junho de 2009

USP: 6 mil contra a repressão de Serra e Suely


Na última quinta-feira (20/06) mais de 6 mil pessoas marcharam do MASP até o Largo São Francisco para protestar contra a agressão covarde da Polícia Militar aos professores, estudantes e funcionários da USP. Os manifestantes pediam a imediata retirada das tropas policiais da universidade, a renúncia da reitora Suely Vilela, a realização de eleições diretas para reitor, o fim do projeto UNIVESP e a reabertura de negociações com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas, o CRUESP. Com muita disposição, a manifestação contou com a presença de estudantes, professores e funcionários das três universidades estaduais paulistas, além do apoio presencial de diversas entidades como a CONLUTAS.
O DCE e outros muitos estudantes divulgaram e organizaram a manifestação em conjunto com as demais entidades do Fórum das Seis. Os manifestantes entregaram uma carta a população durante o ato com a explicação das pautas e o pedido de apoio. Diversas faixas e cartazes diziam: "Fora Suely" e "Abaixo a UNIVESP". Em coro a passeata começou a pular aos gritos de "Quem não pula é da PM". Ao chegar ao Largo São Francisco várias entidades e personalidades fizeram suas falas, com destaque para um representante da comunidade de Paraisópolis, o jurista Fábio Konder Comparato e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
O truculento diretor da Faculdade de Direito João Grandino Rodas, provável reitorável, também foi citado pelos manifestantes devido seu ato autoritário de fechar a Faculdade na noite seguinte ao ato e manter seus portões trancados durante o dia da manifestação. Aos gritos de "Fora Rodas" os manifestantes pró e contra a greve demonstravam seu repúdio ao diretor que chamou a tropa de choque para os movimentos sociais na ocupação da São Francisco em 2007.
A mobilização na USP tem desgastado profundamente a institucionalidade na universidade de São Paulo. Toda a estrutura anti-democrática da universidade tem sido questionada. O que está em jogo é disputa de dois projetos de universidade diferentes: o de precarização aplicado por Serra e o de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, com ingresso massivo da população pobre que sustenta majoritariamente a instituição. Uma universidade voltada aos interesses mais necessários ao povo brasileiro.
As entidades das categorias, representadas pelo Fórum das Seis, farão uma rodada de negociação na segunda-feira com o CRUESP. Lá vamos exigir a retirada definitiva das tropas da PM da USP, a renúncia da reitora Suely Vilela, a realização de eleições diretas para reitor e o fim do projeto UNIVESP. Por isso o DCE convoca todos a construírem um grande ato com milhares de pessoas em frente a reitoria da USP para pressionar os reitores e arrancar uma vitória categórica para a universidade e a população.
FORA PM DA USP!
FORA REITORA SUELY VILELA!
ELEIÇÕES DIRETAS PARA REITOR!
ABAIXO A UNIVESP!
Fonte: DCE USP.

APOIO A LUTA DA USP

O Vamos à Luta apoia a luta dos estudantes, funcionários e professores da USP, UNICAMP E UNESP em luta na defesa de democracia e da educação pública, gratuita e de qualidade.
Os governos Lula e Serra aplicam o mesmo projeto de sucateamento e privatização da Universidade pública.
A nível federal é o Reuni, que deixa milhares sem professores e sem assistência estudantil.
Em São Paulo, o governo quer aplicar o ensino a distância para precarizar cada vez mais a formação. Somos Contra. EXPANSÃO SÓ SE FOR COM QUALIDADE !!!
ABAIXO A REPRESSÃO!!!!
Em resposta as lutas dos estudantes,professo res e funcionários da USP, Serra mandou a PM para o campus, para impedir na força o movimento de se organizar e lutar, relembrando os tempos de chumbo da ditadura.
Apoiamos incondicionalmente a luta dos companheiros da USP e reprovamos o governo Serra por reprimir a luta.
- FORA PM DA UNIVERSIDADE
- CONTRA O ENSINO A DISTÂNCIA, EXPANSÃO SÓ COM QUALIDADE
- MAIS VERBAS PARA A EDUCAÇÃO
- CONTRA AS POLÍTICAS DE LULA E SERRA PARA A EDUCAÇÃO
TODO APOIO A LUTA DOS ESTUDANTES, PROFESSORES E TÉCNICOS DA USP!
FORA PM DA USP!FORA REItora SUELY VILELA!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

VAL UnB: FINATEC no olho do furação

As fundações de apoio voltam ao centro do debate na UnB depois de vários escândalos protagonizados por essas entidades no ano de 2008. A maior delas a FINATEC terá o seu recredenciamento debatido no CAD (Conselho Superior de Administração) dia 18 de junho.
O coletivo Vamos à luta apresenta a você 10 motivos para não defendermos o recredenciamento da FINATEC e para avançarmos em uma nova estrutura dentro da universidade onde os interesses privados não prevaleçam sobre a finalidade pública e gratuita da educação.


10 motivos para defendermos o descredenciamento da FINATEC.
1. Por sua natureza legal e política não condizer com a finalidade da educação pública e gratuita voltada para a produção do conhecimento sem amarras ou imposições;
2. Por administrar dinheiro público sem transparência e com agravante de ser uma entidade com interesse privado controlando verba pública;
3. Justifica a “legalidade” dos cursos pagos dentro da Universidade, quando firma parcerias com várias faculdades, normatizando a cobrança de cursos de especialização com a justificativa de que são ministrados por um ente que não compõem a estrutura da UnB nesse caso, as fundações;
4. Por direcionar as pesquisas apenas para segmentos específicos da UnB ;
5. Pela justificativa da sua criação de naturalizar a falta de financiamento público à pesquisa cientifica por parte do Estado e facilitar para que não sejam repassados mais recursos a essa área;
6. Por absorver o corpo docente da UnB para objetivos que não os da universidade;
7. Por injetar menos de 1% de sua arrecadação em projetos de pesquisa e priorizar outros interesses estranhos a finalidade da UnB, como mobiliar apartamento funcional, construir shopping Center, prestar consultorias a prefeituras com contrato superfaturados e subcontratações, quando existe a necessidade de reformas na casa do estudante e verbas para estruturar sala de aulas e laboratórios;
8. Por instituir parcerias com instituições educacionais que defendem projeto de educação que contradiz com os objetivos das instituições públicas e gratuitas como exemplo a escola superior de propaganda e marketing (ESPM);
9. Pela sua utilização como instrumento político de controle e beneficiamento de grupos no intuito de priorizar o interesse destes em detrimento do interesse coletivo e
10. Por utilizar uma estrutura privilegiada enquanto a comunidade necessita de espaços para novos laboratórios, centro de formação para funcionários etc...


Nossas propostas
1. Descredenciamento da FINATEC com os repasses dos projetos a FUB, após uma criteriosa análise das finalidades e objetivos desses projetos;
2. Publicação do resultado da auditoria realizada na Fundação;
3. Disponibilização de mais verbas por parte do Governo Federal com abertura de crédito emergencial;
4. Reaproveitamento das suas estruturas para fins totalmente públicos. Por exemplo, centro de formação para funcionários, laboratórios, escola-saúde e
5. Realizar assembleias por faculdade com a participação dos três segmentos no sentido de esclarecermos sobre a necessidade do descredenciamento da FINATEC e da luta por aumento no financiamento da UnB com a discussão junto à comunidade sobre as prioridades das verbas alocadas e a utilização da estrutura da FINATEC.


Solidariedade às lutas
Todo apoio a greve da USP e ao protesto na UnB!

No último dia 10/06 Funcionários, estudantes e professores da USP realizaram um ato em frente à reitoria da USP para protestar contra a presença da PM no Campus e da intrasigência da Reitora Suely em negociar com os funcionários em greve. Quando o ato já estava se encerrando e os manifestantes retornavam para frente da reitoria foram brutalmente reprimidos pela polícia militar. Repudiamos a atitude da PM e da Reitoria de trocar a negociação pela repressão e desde já somos solidários a luta da comunidade universitária da USP que bravamente combate a precarização da educação pública. O que ocorreu na USP acendeu o sinal de alerta sobre a militarização dentro da universidade. Na UnB estudantes fizeram um ato na reitoria para protestar contra a falta de política de assistência estudantil e do não cumprimento da pauta do movimento por parte do Reitor Zé Geraldo.
Desde já somos solidários a essas lutas reivindicando a saída da PM do Campus da USP e o atendimento imediato da pauta da assistência estudantil na UnB.

SEGUIR O EXEMPLO DOS ESTUDANTES, TÉCNICOS E PROFESSORES DA USP!

Nós, do Diretório Central dos Estudantes da Universidade da Amazônia (DCE-Unama) apoiamos a luta dos estudantes e professores em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade! Vemos a organização unitária dos companheiros, como um exemplo a ser seguido.
Em plena crise econômica mundial, o Brasil, diferente do que dizia Lula, está sendo arrastado para o caos social.
O direito a educação, saúde, transporte público e segurança praticamente não existem e está claro que o governo quer extingui-los de vez.O direito a meia-entrada corre sério risco. O Governo e a Direção Majoritária da UNE estão a favor de limitar à 40% este direito! Para que a UNE tenha o monopólio da emissão das carteirinhas e, em contra partida dê muito mais dinheiro aos empresários da cultura.
Todos os direitos conquistados pela juventude e os trabalhadores estão ameaçados. Não existe democracia, se não há mobilização o governo impõe o que quer e assim tenta fazê-lo na USP e em todo o país.
Repudiamos abertamente o gov. de José Serra e seu programa educacional para oferecer diplomas da USP através de tele-cursos, o UNIVESP, que possui a mesma lógica de ensino sem qualidade (à distância) que é implementado por Lula em todo o país, principalmente nas universidades particulares. Defendemos uma educação com qualidade nas Instituições de Ensino Superior (IES) do País, sejam elas públicas ou privadas.
Não aceitaremos a criminalização dos lutadores nem a militarização da USP! Solidarizamo-nos a luta dos companheiros e nos colocamos a disposição.Pois, o mesmo governo que hoje manda bater em estudantes, técnicos e professores na USP, o faz em todo o Brasil. Permite que os empresários da educação façam o que bem entendam nas IES particulares e sem democracia ou qualidade no ensino aumentam as mensalidades ao seu bel prazer enquanto destroem o direito ao ensino público gratuito e de qualidade.
Fazemos um chamado a todos os lutadores a se unificar na luta pela garantia dos direitos dos trabalhadores e da juventude neste momento de crise!

TODO APOIO A LUTA DOS ESTUDANTES, PROFESSORES E TÉCNICOS DA USP, UNESP E UNICAMP!FORA PM DA USP!FORA REItora SUELY VILELA!NÃO A IMPLEMENTAÇÃO DO UNIVESP!DEMOCRACIA NAS UNIVERSIDADES!

12 de Junho de 2009.

Para não pagar pela crise: Unificar os lutadores contra os ataques do Governo Lula!

Estamos em um momento de crise econômica. Esta é mais uma crise do sistema capitalista. Em todo mundo, os grandes empresários, criadores da crise, aliados a governos como o de Lula, vem tentando aplicar seus planos para que a juventude e os trabalhadores paguem a conta. Por isso temos visto demissões em massa, cortes de gastos nas áreas sociais, etc. Porém, o que eles não esperavam é que haveria uma fortíssima resistência por parte da juventude e da classe trabalhadora de todo o mundo. Em 2008, a juventude da itália e espanha toma as ruas, ocupou escolas e universidades e declarou que a juventude não vai pagar pela crise. Na Grécia, após o assassinato de um jovem em um protesto contra os efeitos da crise, a juventude se levantou, ocupou centenas de escolas e universidades e contou com o apoio dos trabalhadores que fizeram uma greve geral que paralisou o país.Em 2009, na França, já tivemos duas greves gerais com ampla participação dos estudantes. As universidades paralisam suas atividades. Em dezenas de países do mundo trabalhadores e estudantes mostram que é nas greves, protestos, passeatas, mobilizações, ocupações de escolas e universidades, o caminho para resistirmos aos efeitos da crise.

Lula, governadores e os patrões atacam a juventude
Sabemos que o governo de Lula cortou só no primeiro semestre deste ano 1,3 bi da educação, alegando que época de crise “todos” tem que pagar. Lula corta verbas da educação enquanto fez um pacote 160 bi aos banqueiros e mega-empresários! Nas universiades estaduais os governadores seguem pela mesmo rastro de Lula. Nas universidades privadas a patronal da educação também começam a aumentar ainda mais as mensalidades, para que os estudantes paguem a conta da crise.

Unidade para lutar contra a crise!
Para responder a esses ataques temos que dar uma resposta unificada, e por isso nós, do Movimento Vamos à Luta, que compõe a Oposição de Esquerda da UNE chamamos todos os colegas que constroem o CNE para a unidade na luta. Quando ocupamos reitorias, lutamos contra o REUNI e os cortes de verbas para a educação, somos nós da esquerda da UNE e vocês que constroem o CNE que estamos presentes. Isto se dá porque temos um inimigo em comum, o governo Lula e suas políticas. São nossos adversários também todos aqueles que defendem as políticas neoliberais do Governo Lula para a educação como é o caso da direção majoritária da UNE (PCdoB, PT). Estamos juntos nas lutas concretas que surgem na base e devemos ter um calendário comum articulado nacionalmente.

Seguir o exemplo da USP!
Unificar as greves dos trabalhadores e a luta da juventude!
No Brasil já existem lutas em curso. Temos visto muitas greves localizadas percorrendo o país, lutas populares e estudantis também. Porém tivemos agora nas últimas semanas a grandiosa luta na USP. Tudo começou com uma greve dos funcionários, que foi fortemente atacada pela polícia de José Serra (PSDB). Após isto em solidariedade os professores decidiram parar suas atividades até que fossem atendidas as reivindicações da universidade. E foi em uma assembléia com mais de mil estudantes que se decidiu uma greve estudantil em apoio à luta dos demais setores. Esse é o exemplo nacional do que devemos fazer para enfrentar a crise! Todos os DCE”s, coletivos estudantis, Executivas e Federações de Cursos devem fazer uma ampla campanha nacional de solidariedade à luta na USP. Essa campanha deve ser realizada unificadamente entre a esquerda da UNE e os lutadores presentes no CNE. Propomos que a greve da USP aponte um dia nacional de lutas para o conjunto do movimento estudantil.
É preciso, necessário e possível unificar a esquerda!
Para unificar todos os que lutam contra o governo é necessária uma plenária nacional no final de junho entre todos os setores combativos do movimento estudantil e o ANDES-SN (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior), que também está na linha de frente da resistência contra os planos do governo para a educação.Propomos também que no dia 11/08, dia dos estudantes, nós da esquerda da UNE junto com os lutadores que do CNE, façamos unitariamente um dia de luta nacional!