Nota do Coletivo Vamos à Luta sobre a situação no Rio de Janeiro.
O Caos!
Estamos vivendo dias de caos no estado do Rio de Janeiro. Desde a noite da última segunda-feira (05/04) o Rio tem sofrido com fortes chuvas que abalaram todo o seu funcionamento. Desde o incômodo de pessoas com dificuldade de locomoção até milhares de desabrigados e desalojados, e pior ainda, até agora são 179 mortos. Este último número, infelizmente, irá subir nas próximas horas.
A região metropolitana foi a mais afetada, mas cidades da baixada como Nilópolis, da região dos lagos como Maricá, Araruama e Saquarema, dentre outras, também foram atingidas. As situações mais graves são as de Niterói, da capital e de São Gonçalo.
Em Niterói já são mais de 75 mortos e é onde o número mais tende a subir. No morro do Bumba, estima-se que pelo menos 200 pessoas possam estar debaixo dos escombros. Fora isso, no Morro do Estado, no Palmeiras e em outras localidades há também muitas vítimas.
Muitos lugares ainda estão sem luz e sem água. As aulas estão paralisados e muitos trabalhadores não conseguem chegar ao seu local de trabalho. Aos poucos, as cidades tentam voltar ao “normal”.
A lama!
Na manhã de terça, Lula esteve no Rio com Sérgio Cabral e Eduardo Paes para a inauguração do “PAC das comunidades” no Morro do Alemão. A inauguração não ocorreu porque a obra também estava debaixo d`água. Quando provocados por jornalistas todos eles tentaram colocar a culpa na natureza. Mas não apenas isso, foram além, e culpabilizaram a população pelo que estavam vivendo. No raciocínio de Cabral, Lula e Paes, a culpa pelas mortes e pelos desabrigados é justamente dos que morreram e dos que estão desabrigados, porque “escolheram morar em áreas de risco”.
Cabral que chorou por conta da emenda dos Royalties faz pouco caso da tragédia social pela qual o Rio está passando hoje.
Por trás desses discursos, há a tentativa de se eximir da responsabilidade por tantas mortes e sofrimento. Os verdadeiros culpados por tudo isso são em primeiro lugar Lula, Cabral, Eduardo Paes, Jorge Roberto Silveira e todos os demais prefeitos das cidades atingidas.
Aos fatos:
1 - As verbas do Ministério de Integração destinadas a prevenção de catástrofes tem sido minguadas. O relatório da auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que os recursos distribuídos e efetivamente aplicados são insignificantes. Entre 2004 e 2009 dos R$ 358 milhões destinados a essa rubrica, apenas 0,65% desse montante foram destinados ao estado do Rio de Janeiro. E dados do “Contas Abertas”, mostram que desde o início do ano até nenhum centavo veio para o Estado do Rio;
2 – Cabral está no seu 4º ano de governo. O Estado do Rio recebe só de Royalties da exploração do petróleo anualmente 5 bilhões de reais. Em 4 anos são 20 bilhões. Não há nenhum programa do Governo Estadual de moradias para a população. A única medida que Cabral tentou efetivar foi a de “cercamento das favelas” para que novas moradias não fossem construídas.
3 – No caso de Niterói, o descaso do governo também é bastante nítido. No ano 2006, a pedido da Prefeitura, o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense elaborou um plano de prevenção de riscos de deslizamentos e enchentes com custo estimado em R$ 44 milhões que não foi implementado. Na ocasião foram listados 142 pontos de risco de deslizamento. Segundo o jornal O Globo (08/04/2010), “o projeto contrasta com o orçamento da Prefeitura para as ações de drenagem e intervenções em áreas de risco, que prevê gastos de apenas R$ 13,7 milhões do R$ 878 milhões das receitas municipais deste ano.”
É por isso que afirmamos que as causas desse caos que estamos vivendo não são naturais. São políticas e sociais. Ficam claras as fragilidades em relação à habitação, saneamento básico, escoamento de águas pluviais, planos de emergência, saúde pública, etc.
A UFF tem que ajudar!
Estamos pressionando a Reitoria da UFF para que utilize suas possibilidades para ajudar as pessoas. Estamos exigindo: reabertura imediata da emergência do HUAP; liberação de espaços da Universidade para servirem de abrigo; abono de faltas de todos os funcionário efetivos e terceirizados destes dias e; liberação do bandejão para alimentação da população atingida.
Vamos à Luta!
A tarefa da juventude neste momento difícil deve ser a de cobrir de solidariedade à população de todo o Rio. Devemos construir comitês de coleta de donativos: alimentos, água, roupas, colchões, remédios, etc. Estamos ajudando diariamente no ponto de coleta de doações do HUAP. Quem quiser vir ajudar será muito bem vindo! Estamos organizando brigadas e indo aos lugares atingidos. Quando as aulas voltarem, temos que fazer isso também em nossos campi. Mas temos que ir além. O que nos difere do assistencialismo é justamente nossa ação política. Esta manhã estivemos na Assembléia dos moradores do Morro do Estado, onde estavam além dos moradores, várias entidades como o SINTUFF e o DCE da UFF. Deliberou-se a realização de uma grande manifestação pública em Niterói, no próximo dia 15/04 (quinta-feira) contra o descaso dos governantes. Temos que ajudar a construir este grande ato para pedir a cabeça dos verdadeiros culpados pelo caos.
Coletivo Estudantil “Vamos à Luta!”
Contatos: www.juvvamosaluta.blogspot.com
Juninho: juninho.uff@gmail.com (21) 9394-6339
Bárbara Sinedino: barbara2870@yahoo.com.br (21) 8873-6479
Ciane: ciane.rodrigues@hotmail.com (21) 8546-8373
Rafael Lazari: lazari.rafael@gmail.com (21) 7119-4732
Marco Antônio “Amapá”: marcounifap@yahoo.com.br (21) 8691-9607
André “Kbça”: andretertuliano@gmail.com (21) 9298-2282
Estamos vivendo dias de caos no estado do Rio de Janeiro. Desde a noite da última segunda-feira (05/04) o Rio tem sofrido com fortes chuvas que abalaram todo o seu funcionamento. Desde o incômodo de pessoas com dificuldade de locomoção até milhares de desabrigados e desalojados, e pior ainda, até agora são 179 mortos. Este último número, infelizmente, irá subir nas próximas horas.
A região metropolitana foi a mais afetada, mas cidades da baixada como Nilópolis, da região dos lagos como Maricá, Araruama e Saquarema, dentre outras, também foram atingidas. As situações mais graves são as de Niterói, da capital e de São Gonçalo.
Em Niterói já são mais de 75 mortos e é onde o número mais tende a subir. No morro do Bumba, estima-se que pelo menos 200 pessoas possam estar debaixo dos escombros. Fora isso, no Morro do Estado, no Palmeiras e em outras localidades há também muitas vítimas.
Muitos lugares ainda estão sem luz e sem água. As aulas estão paralisados e muitos trabalhadores não conseguem chegar ao seu local de trabalho. Aos poucos, as cidades tentam voltar ao “normal”.
A lama!
Na manhã de terça, Lula esteve no Rio com Sérgio Cabral e Eduardo Paes para a inauguração do “PAC das comunidades” no Morro do Alemão. A inauguração não ocorreu porque a obra também estava debaixo d`água. Quando provocados por jornalistas todos eles tentaram colocar a culpa na natureza. Mas não apenas isso, foram além, e culpabilizaram a população pelo que estavam vivendo. No raciocínio de Cabral, Lula e Paes, a culpa pelas mortes e pelos desabrigados é justamente dos que morreram e dos que estão desabrigados, porque “escolheram morar em áreas de risco”.
Cabral que chorou por conta da emenda dos Royalties faz pouco caso da tragédia social pela qual o Rio está passando hoje.
Por trás desses discursos, há a tentativa de se eximir da responsabilidade por tantas mortes e sofrimento. Os verdadeiros culpados por tudo isso são em primeiro lugar Lula, Cabral, Eduardo Paes, Jorge Roberto Silveira e todos os demais prefeitos das cidades atingidas.
Aos fatos:
1 - As verbas do Ministério de Integração destinadas a prevenção de catástrofes tem sido minguadas. O relatório da auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que os recursos distribuídos e efetivamente aplicados são insignificantes. Entre 2004 e 2009 dos R$ 358 milhões destinados a essa rubrica, apenas 0,65% desse montante foram destinados ao estado do Rio de Janeiro. E dados do “Contas Abertas”, mostram que desde o início do ano até nenhum centavo veio para o Estado do Rio;
2 – Cabral está no seu 4º ano de governo. O Estado do Rio recebe só de Royalties da exploração do petróleo anualmente 5 bilhões de reais. Em 4 anos são 20 bilhões. Não há nenhum programa do Governo Estadual de moradias para a população. A única medida que Cabral tentou efetivar foi a de “cercamento das favelas” para que novas moradias não fossem construídas.
3 – No caso de Niterói, o descaso do governo também é bastante nítido. No ano 2006, a pedido da Prefeitura, o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense elaborou um plano de prevenção de riscos de deslizamentos e enchentes com custo estimado em R$ 44 milhões que não foi implementado. Na ocasião foram listados 142 pontos de risco de deslizamento. Segundo o jornal O Globo (08/04/2010), “o projeto contrasta com o orçamento da Prefeitura para as ações de drenagem e intervenções em áreas de risco, que prevê gastos de apenas R$ 13,7 milhões do R$ 878 milhões das receitas municipais deste ano.”
É por isso que afirmamos que as causas desse caos que estamos vivendo não são naturais. São políticas e sociais. Ficam claras as fragilidades em relação à habitação, saneamento básico, escoamento de águas pluviais, planos de emergência, saúde pública, etc.
A UFF tem que ajudar!
Estamos pressionando a Reitoria da UFF para que utilize suas possibilidades para ajudar as pessoas. Estamos exigindo: reabertura imediata da emergência do HUAP; liberação de espaços da Universidade para servirem de abrigo; abono de faltas de todos os funcionário efetivos e terceirizados destes dias e; liberação do bandejão para alimentação da população atingida.
Vamos à Luta!
A tarefa da juventude neste momento difícil deve ser a de cobrir de solidariedade à população de todo o Rio. Devemos construir comitês de coleta de donativos: alimentos, água, roupas, colchões, remédios, etc. Estamos ajudando diariamente no ponto de coleta de doações do HUAP. Quem quiser vir ajudar será muito bem vindo! Estamos organizando brigadas e indo aos lugares atingidos. Quando as aulas voltarem, temos que fazer isso também em nossos campi. Mas temos que ir além. O que nos difere do assistencialismo é justamente nossa ação política. Esta manhã estivemos na Assembléia dos moradores do Morro do Estado, onde estavam além dos moradores, várias entidades como o SINTUFF e o DCE da UFF. Deliberou-se a realização de uma grande manifestação pública em Niterói, no próximo dia 15/04 (quinta-feira) contra o descaso dos governantes. Temos que ajudar a construir este grande ato para pedir a cabeça dos verdadeiros culpados pelo caos.
Coletivo Estudantil “Vamos à Luta!”
Contatos: www.juvvamosaluta.blogspot.com
Juninho: juninho.uff@gmail.com (21) 9394-6339
Bárbara Sinedino: barbara2870@yahoo.com.br (21) 8873-6479
Ciane: ciane.rodrigues@hotmail.com (21) 8546-8373
Rafael Lazari: lazari.rafael@gmail.com (21) 7119-4732
Marco Antônio “Amapá”: marcounifap@yahoo.com.br (21) 8691-9607
André “Kbça”: andretertuliano@gmail.com (21) 9298-2282