segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nota de APOIO e SOLIDARIEDADE ao DCE UFSC “Luís Travassos” e à tod@s @s lutador@s contra o aumento da tarifa e por um transporte coletivo de qualidade

Companheiros,
Neste momento em que vocês estão enfrentando na mobilização um abusivo aumento de tarifa, queremos lhes enviar essa mensagem de apoio e de solidariedade.
Nos últimos anos Florianópolis ficou conhecida como uma das cidades brasileiras em que a tarifa dos transportes coletivos mais subiu e por isso é uma das tarifas mais caras do país. Mas não apenas isso, “Floripa” também ficou conhecida no Brasil inteiro por conter uma população e uma juventude em especial, que não abaixa a cabeça para os abusos cometidos com o transporte público.

A luta de vocês que já serviu em anos anteriores como motivadora em outros estados, não é única nem isolada. Há 1 mês atrás enfrentamos os mesmo problemas em Macapá, onde a proposta de reajuste ultrapassava em muito a realidade social da população. Os estudantes sitiaram a Prefeitura e a mesma teve que recuar na tentativa de aumento.
No Pará, mais exatamente nas cidades de Ananindeua e Marituba (região metropolitana) quem está encabeçando a luta pela qualidade nos transportes e pela redução das tarifas é o Sindicato dos Rodoviários, lutando por essas pautas concomitantemente à sua luta por reajuste salarial.
Esta luta tem contado com o apoio de entidades estudantis como o DCE da UNAMA (Universidade da Amazônia).
Nestes dois exemplos o que há em comum e o que ocorre em quase todo o país é a aliança quase irrestrita entre as prefeituras e os empresários dos transportes. Além disso, a utilização da violência pelas PM´s de diversos estados contra os que se mobilizam também são algo comum.
Queremos colocar nosso Coletivo Estudantil a disposição da luta aí em “Floripa” com o que for possível ajudar: material humano; campanha de solidariedade financeira; campanha política de apoio ao movimento etc., pois vemos que esse deve ser o papel dos lutadores sempre, apoiar-nos uns nos outros!
Por fim, queremos desejar-lhes uma boa luta e que a vitória esteja a nossa espera o mais próximo possível.
Venceremos!!!!
Niterói, 19 de maio de 2010
Coletivo Estudantil Vamos à Luta!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

“Do caos à lama”

Nota do Coletivo Vamos à Luta sobre a situação no Rio de Janeiro.
O Caos!
Estamos vivendo dias de caos no estado do Rio de Janeiro. Desde a noite da última segunda-feira (05/04) o Rio tem sofrido com fortes chuvas que abalaram todo o seu funcionamento. Desde o incômodo de pessoas com dificuldade de locomoção até milhares de desabrigados e desalojados, e pior ainda, até agora são 179 mortos. Este último número, infelizmente, irá subir nas próximas horas.
A região metropolitana foi a mais afetada, mas cidades da baixada como Nilópolis, da região dos lagos como Maricá, Araruama e Saquarema, dentre outras, também foram atingidas. As situações mais graves são as de Niterói, da capital e de São Gonçalo.
Em Niterói já são mais de 75 mortos e é onde o número mais tende a subir. No morro do Bumba, estima-se que pelo menos 200 pessoas possam estar debaixo dos escombros. Fora isso, no Morro do Estado, no Palmeiras e em outras localidades há também muitas vítimas.
Muitos lugares ainda estão sem luz e sem água. As aulas estão paralisados e muitos trabalhadores não conseguem chegar ao seu local de trabalho. Aos poucos, as cidades tentam voltar ao “normal”.
A lama!
Na manhã de terça, Lula esteve no Rio com Sérgio Cabral e Eduardo Paes para a inauguração do “PAC das comunidades” no Morro do Alemão. A inauguração não ocorreu porque a obra também estava debaixo d`água. Quando provocados por jornalistas todos eles tentaram colocar a culpa na natureza. Mas não apenas isso, foram além, e culpabilizaram a população pelo que estavam vivendo. No raciocínio de Cabral, Lula e Paes, a culpa pelas mortes e pelos desabrigados é justamente dos que morreram e dos que estão desabrigados, porque “escolheram morar em áreas de risco”.
Cabral que chorou por conta da emenda dos Royalties faz pouco caso da tragédia social pela qual o Rio está passando hoje.
Por trás desses discursos, há a tentativa de se eximir da responsabilidade por tantas mortes e sofrimento. Os verdadeiros culpados por tudo isso são em primeiro lugar Lula, Cabral, Eduardo Paes, Jorge Roberto Silveira e todos os demais prefeitos das cidades atingidas.
Aos fatos:
1 - As verbas do Ministério de Integração destinadas a prevenção de catástrofes tem sido minguadas. O relatório da auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que os recursos distribuídos e efetivamente aplicados são insignificantes. Entre 2004 e 2009 dos R$ 358 milhões destinados a essa rubrica, apenas 0,65% desse montante foram destinados ao estado do Rio de Janeiro. E dados do “Contas Abertas”, mostram que desde o início do ano até nenhum centavo veio para o Estado do Rio;
2 – Cabral está no seu 4º ano de governo. O Estado do Rio recebe só de Royalties da exploração do petróleo anualmente 5 bilhões de reais. Em 4 anos são 20 bilhões. Não há nenhum programa do Governo Estadual de moradias para a população. A única medida que Cabral tentou efetivar foi a de “cercamento das favelas” para que novas moradias não fossem construídas.
3 – No caso de Niterói, o descaso do governo também é bastante nítido. No ano 2006, a pedido da Prefeitura, o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense elaborou um plano de prevenção de riscos de deslizamentos e enchentes com custo estimado em R$ 44 milhões que não foi implementado. Na ocasião foram listados 142 pontos de risco de deslizamento. Segundo o jornal O Globo (08/04/2010), “o projeto contrasta com o orçamento da Prefeitura para as ações de drenagem e intervenções em áreas de risco, que prevê gastos de apenas R$ 13,7 milhões do R$ 878 milhões das receitas municipais deste ano.”
É por isso que afirmamos que as causas desse caos que estamos vivendo não são naturais. São políticas e sociais. Ficam claras as fragilidades em relação à habitação, saneamento básico, escoamento de águas pluviais, planos de emergência, saúde pública, etc.
A UFF tem que ajudar!
Estamos pressionando a Reitoria da UFF para que utilize suas possibilidades para ajudar as pessoas. Estamos exigindo: reabertura imediata da emergência do HUAP; liberação de espaços da Universidade para servirem de abrigo; abono de faltas de todos os funcionário efetivos e terceirizados destes dias e; liberação do bandejão para alimentação da população atingida.
Vamos à Luta!
A tarefa da juventude neste momento difícil deve ser a de cobrir de solidariedade à população de todo o Rio. Devemos construir comitês de coleta de donativos: alimentos, água, roupas, colchões, remédios, etc. Estamos ajudando diariamente no ponto de coleta de doações do HUAP. Quem quiser vir ajudar será muito bem vindo! Estamos organizando brigadas e indo aos lugares atingidos. Quando as aulas voltarem, temos que fazer isso também em nossos campi. Mas temos que ir além. O que nos difere do assistencialismo é justamente nossa ação política. Esta manhã estivemos na Assembléia dos moradores do Morro do Estado, onde estavam além dos moradores, várias entidades como o SINTUFF e o DCE da UFF. Deliberou-se a realização de uma grande manifestação pública em Niterói, no próximo dia 15/04 (quinta-feira) contra o descaso dos governantes. Temos que ajudar a construir este grande ato para pedir a cabeça dos verdadeiros culpados pelo caos.
Coletivo Estudantil “Vamos à Luta!”
Contatos: www.juvvamosaluta.blogspot.com
Juninho: juninho.uff@gmail.com (21) 9394-6339
Bárbara Sinedino: barbara2870@yahoo.com.br (21) 8873-6479
Ciane: ciane.rodrigues@hotmail.com (21) 8546-8373
Rafael Lazari: lazari.rafael@gmail.com (21) 7119-4732
Marco Antônio “Amapá”: marcounifap@yahoo.com.br (21) 8691-9607
André “Kbça”: andretertuliano@gmail.com (21) 9298-2282

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mobilização obtém vitória na UFRGS! após enfrentar repressão

Estudantes, trabalhadores e camponeses 1 X 0 Multinacionais, Governo Lula, Reitoria, e DCE Livre.
O dia 5 de março vai com certeza entrar para a história do Movimento Estudantil da UFRGS. Em ampla aliança com movimentos sociais e organizações da classe trabalhadora, conseguimos impor uma derrota aos inimigos do caráter público da Universidade.
Também uma marca extremamente negativa ficou hoje, após os anos de chumbo da ditadura militar, não se via uma repressão tão forte por parte da segurança da universidade aos lutadores.
A mando do reitor Alex, os seguranças da UFRGS reprimiram violentamente uma manifestação pacífica que buscava ampliar o debate na universidade sobre o real caráter do projeto do Parque Tecnológico na UFRGS. O reitor, a serviço das mega-empresas, quis a todo custo impor um projeto sem debate nenhum com a comunidade acadêmica, mas se deu mal. Não esperava que bravamente resistíssemos e garantíssemos a anulação da reunião do Conselho Universitário.
Começa a derrota de um projeto
O projeto privatista, que busca utilizar das estruturas públicas para servir ao lucro de meia-dúzia de empresários, sofreu um importante golpe hoje na UFRGS.
Queremos colocar claramente que este projeto é parte de um amplo processo que, obviamente, por a UFRGS não ser uma ilha, ocorre através de diversas políticas aplicadas em todas as Universidades Públicas Federais brasileiras. O projeto das fundações de “apoio”, a Reforma Universitária arquitetada pelo Banco Mundial, o REUNI, são todos parte do projeto de Lula para a educação.Quem não se lembra,por exermplo, da fundação ligada a UNB que deu de ‘presente’ uma lixeira de MIL reais ao então reitor Timoti. Não à toa, há um crescimento extraordinário da educação superior privada através de isenções fiscais, abocanham mais de 80% das vagas do ensino superior no Brasil, e somente no governo petista cresceu mais de 60%! Enquanto isto, cresce a presença da iniciativa privada nas Universidades Federais. Já hoje, 10% de toda a pesquisa produzida na Universidade é financiada pelas grandes empresas, que se utilizam do conhecimento produzido como forma de maximizar seus lucros.
É justamente esta lógica imposta pelo Governo e seus aliados que combatemos. Não é por acaso que militantes do PT e o PCdoB, apoiaram de forma tão entusiasta a eleição do reitor Alex, justamente por compartilharem de projetos iguais. Não à toa o PP, partido do presidente do DCE Renan Pretto, é base de apoio do governo Lula e também apóia o projeto. Além disto, no país governado pelo PT vivemos um contexto de crescente criminalização das greves, lutas, mobilizações, ocupações de terra, da qual a repressão de hoje é apenas mais um triste capítulo.
Mas por que nos opomos de forma tão veemente a este projeto?
Porque pensamos que a lógica do conhecimento produzido na Universidade Pública é inversa. O projeto do Parque defendido por todos estes setores que expusemos acima visa colocar o conhecimento produzido na UFRGS à serviço da iniciativa privada. Nosso projeto visa que o conhecimento produzido na UFRGS deve estar a serviço das necessidades da classe trabalhadora e do povo pobre. Por exemplo, ao invés de fazer uma pesquisa para ampliarmos o lucro da bilionária família Gerdau, a produção do conhecimento deve estar preocupada em como vamos resolver os problemas dos afetados pelas enchentes no RS, como vamos lutar contra o avanço da dengue, enfim, de como vamos enfrentar os graves problemas sociais de nosso país.
Somente mantendo e aprofundando nossa mobilização podemos derrotar o Parque Tecnológico na UFRGS.
Foi dado o primeiro passo. De fato, hoje é um dia a ser comemorado pelos lutadores. Porém, sabemos que é necessário continuar com ainda mais força. Construímos uma fortíssima mobilização em tempos de férias letivas. A tarefa central de todos do movimento estudantil é de fato ampliar a mobilização e levar o debate democrático para o conjunto da comunidade acadêmica e mais ainda para o povo que é quem sustenta essa universidade.Segunda-feira é um dia fundamental de mobilização, de colocar em cada sala de aula o que está acontecendo na universidade. De chamar cada colega, cada funcionário, cada professor ao debate. De colocar que não podemos aceitar calados que os tempos dos porões da ditadura voltem na nossa universidade. E na terça-feira temos que estar todos às 18h30m no DAECA para discutir como avançar nossa luta.
Todos lá porque o tempo não pará!

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Haiti precisa de comida, não de armas! De médicos, e não de mais soldados!

Diego Vitello – Estudante de História e da Juventude Vamos à Luta

Fabiano “Pereira” - Estudante de Ciências Sociais e da Juventude Vamos à Luta


A magnitude da tragédia haitiana, como consequência do terrível terremoto acontecido no dia 12 de janeiro, comoveu o mundo inteiro. As cifras oficiais já chegam a 250 mil mortos e podem ser muitos mais. Praticamente toda a frágil infra-estrutura da capital Porto Príncipe desabou ou foi afetada de alguma forma.

Três milhões de irmãos haitianos perambulam pelas ruas tentando achar, resgatar ou enterrar seus familiares ou amigos. A fome e as epidemias, que já eram signo distintivo do regime da MINUSTAH (nome da missão de ocupação da ONU), se exacerbaram, ainda mais. Infelizmente a situação tende a piorar para os milhões de desabrigados pois se avizinha em abril a estação das chuvas. Diante desse realidade é impossível que nós, estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fechemos os olhos para esta realidade. Os que subscrevem este texto pensam que temos que abrir o debate em toda a UFRGS sobre a situação haitiana.


Um pouco de história

Aos efeitos devastadores do terremoto, se combinaram centenas de anos de colonialismo e saque imperialista, deixando o país sem condições de resposta, multiplicando, sobre o povo, as infelizes consequências. Este é o preço que os donos do capital impuseram a este povo heróico, o primeiro país latino-americano a conquistar sua independência, em 1804, após uma sangrenta rebelião de escravos negros que expulsaram os escravocratas franceses. À época, a notícia se espalhou como um rastro de pólvora , gerando um ódio gigantesco na elite branca que explorava mão-de-obra escrava em toda a América Latina. Com esta verdadeira revolução, os haitianos transformaram os latifúndios que antes se destinavam somente à exportação de açúcar, em pequenas propriedades unifamiliares dedicadas à subsistência. Os embargos econômicos das potências imperialistas, dificultaram enormemente a vida deste povo lutador. A partir do século XX, os EUA intervieram militarmente para impor ao país ditaduras sangrentas e a volta da grande propriedade rural. As pequenas propriedades que restaram foram sendo expropriadas por governos ditatoriais como o de Papa Doc e Baby Doc. Isto gerou uma migração em massa e muita pobreza nas grandes cidades, cujo maior exemplo é Porto Príncipe. Essa miséria humana mais uma vez transformou-se em uma imensa fonte de lucro para as multinacionais que utilizam das dificuldades do país para pagar salários mensais que equivalem a R$115 em suas famigeradas maquiladoras instaladas em território haitiano.


O que a grande mídia brasileira se nega a dizer: Qual é o verdadeiro papel das tropas Brasileiras e da ONU?

Vale à pena voltarmos brevemente na história para vermos em que circunstâncias começou a ocupação militar brasileira no Haiti. Em 2004, os EUA de Bush intervêm mais uma vez com força no Haiti e depõe o presidente eleito Jean Aristide. Em que pese a que ele já vinha se afastando de suas raízes populares e de esquerda(Aristisde é uma grande referência da chamada teologia da libertação, que organiza a esquerda católica), o seu governo despertava um importante patamar de mobilização do povo. Bush, já empantanado e gastando trilhões de dólares com sua guerra no Iraque e no Afeganistão, pede a seu “amigo”(como ele mesmo chamou) Lula que suas tropas chefiem uma ocupação militar que devolvam a “ordem” ao Haiti e “ajudem” o novo governo pró-imperialista de René Preval a manter o povo em estado de miséria e exploração extrema. Enquanto isso, Lula era ovacionado pela imprensa brasileira que dizia que as tropas brasileiras iriam pacificar o Haiti. Desde lá, o presidente brasileiro ordenou gastou de mais de 600 milhões em armamentos, enquanto sua recente “ajuda humanitária” foi de apenas 15 milhões. Agora o próprio governo imperialista de Obama colocou 12 mil soldados(“Marines”) para ajudar Lula na sua política. Mas “o que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo”? (carta de Otávio Calegari Jorge – pesquisador da UNICAMP em Porto Príncipe)

Mas o que estes senhores da grande mídia e do governo chamam de pacificar e colocar ordem? Em primeiro lugar alguns fatos: em agosto de 2009, junto com a greve de 2 semanas dos operários têxteis, milhares de trabalhadores haitianos saíram às ruas pelo aumento do salário mínimo para cerca de R$190 reais, ou 200 gourdes. As tropas da MINUSTAH, comandadas pelo Brasil, reprimiram ferozmente as manifestações, matando dois operários. No primeiro ano da ocupação militar, milhares de estudantes saíram às ruas de Porto Príncipe para protestar por mais professores nas escolas e melhorias no sistema educacional, as tropas mais uma vez reprimiram, gerando uma morte. Estes são apenas dois de muitíssimos fatos que desmascaram o papel das tropas de Lula no Haiti.


Chamamos os estudantes da UFRGS à prestarem sua solidariedade ao povo haitiano

Neste momento tão drástico e difícil para o povo haitiano, não podemos mais do que iniciar uma solidariedade ativa e prática. Demonstrações imensas de solidariedade já estão sendo dadas pela CONLUTAS e diversos sindicatos do país, como o dos Metalúrgicos e o dos Químicos de São José dos Campos, onde os operários votaram em assembléia que 1% do salário de cada um vá para as organizações operárias e populares do Haiti.

Aqui na UFRGS, uma pequena e modesta iniciativa já está sendo feita e queremos que este espírito se espalhe pela nossa Universidade. A Juventude Vamos à Luta, coletivo de estudantes do qual fazem parte os que subscrevem este texto, está promovendo uma rifa de R$2,00 cada número para concorrer ao livro Os Jacobinos Negros da editora Boitempo e que conta a história da Revolução Escrava que libertou o Haiti no ano de 1804. O dinheiro arrecadado será enviado diretamente à organização operária, popular e estudantil ROZO(Rede de Organizações da Zona Oeste), que são 25 organizações dos bairros pobres de Porto Príncipe, onde a “ajuda humanitária” dos Estados praticamente não chegou.